A CATÓLICA-LISBON é hoje reconhecida internacionalmente como uma instituição de excelência pela qualidade do ensino. A reputação da nossa escola não seria decerto a mesma se não contássemos com alguns trunfos, imprescindíveis para o sucesso na aprendizagem, como as parcerias que realizamos com empresas.

A ligação entre as empresas e as instituições de ensino é cada vez mais relevante.  Na CATÓLICA-LISBON, são as empresas que nos ajudam a preparar os nossos alunos para um mercado cada vez mais exigente, ao proporcionar experiências únicas onde o conhecimento científico é contextualizado ao mundo empresarial. Fazemo-lo para preparar o melhor possível os nossos alunos para o mercado de trabalho, mas também para adicionar valor às empresas. É uma relação win-win. Enquanto as empresas nos ajudam a melhorar os nossos programas e a promover a excelência na preparação dos nossos alunos, nós contribuímos para o sucesso dos negócios ao transmitir novo conhecimento, ideias fora da caixa e, quem sabe, futuros colaboradores que possam causar impacto nos seus negócios, aumentando a sua própria competitividade no mercado.

 

O exemplo da CurveCatch e a relação win-win com a CATÓLICA-LISBON

A CurveCatch é uma start-up belga, criada em 2020, que promete revolucionar a experiência de compra de lingerie online. Com um modelo de negócio híbrido, entre o online e o offline, a start-up recorre a um modelo data driven para alcançar a missão de garantir uma compra online 100% personalizada e assistida, como se de uma experiência física se tratasse, mas no conforto de casa. O objetivo é que a peça de lingerie seja um match perfeito às necessidades, medidas e preferências das clientes, algo difícil de alcançar só por si, já que, segundo a start-up, 80% das mulheres não usa sutiãs que, de facto, lhes servem.

O processo de colaboração entre a CurveCatch e os estudantes de mestrado e MBA da CATÓLICA-LISBON iniciou-se há dois anos, sendo o ponto de ligação o professor de data science, Joren Gijsbrechts. Enquanto a CurveCatch ajuda a manter o material de ensino relevante, ao fornecer desafios, data e  conteúdo didático para as aulas do professor Joren, aplicados através de desafios de aula, exemplos práticos e oradores convidados, a CATÓLICA-LISBON ajuda a criar valor para os consumidores da CurveCatch e a elevar o conhecimento da investigação académica ao desenvolver projetos de investigação para a start-up.

Para a CurveCatch “até agora, o professor Joren tem sido um ponto de contacto para ajudar a melhorar os algoritmos que utilizados. Estamos muito satisfeitos com a colaboração e contamos expandir as nossas colaborações, à medida que continuamos a crescer”.

Guilherme da Silva Oliveira, aluno do Mestrado em Business Analytics considera que a interação com a CurveCatch “permitiu incorporar o meu pensamento crítico com os conceitos ensinados em aula, de forma a encarar com sucesso um problema real, tal como numa empresa real. Ter contacto com estes desafios do mundo empresarial em contexto académico é fundamental para facilitar uma transição bem sucedida entre a academia e o mercado de trabalho”.

Também José Manuel Bonança Chumbo, assistente de investigação no Mestrado em Business Analytics, considera a relação entre a academia e o mundo empresarial fundamental. “Este tipo de interações enriquece extraordinariamente a nossa experiência de aprendizagem, mas não só. É também uma fonte de motivação. Ligamos imediatamente a teoria à prática, num cenário real, utilizando conhecimentos e tecnologias para resolver problemas que são relevantes na realidade do negócio. É mais gratificante do que aplicar os nossos conhecimentos a um estudo de caso para um problema que já foi resolvido há muito tempo”. José Chumbo, adianta ainda que neste tipo de colaboração “é nos dada uma expectativa de como o conhecimento transmitido pela CATÓLICA-LISBON pode ser aplicado para resolver estes problemas de uma indústria que é muito relevante e que evolui rapidamente, como o Machine Learning”.

 

O que tem sido desenvolvido em sala de aula?

O professor de data science, Joren Gijsbrechts, que explica que as suas aulas são “uma mistura de teoria, desafios, como jogos, e oradores convidados”, refere que no Mestrado em Business Analytics os “estudantes desenvolvem algoritmos de forma a resolver problemas que a CurveCatch enfrenta. A nossa colaboração melhora os algoritmos da CurveCatch para criar mais valor para os consumidores”. O aluno Guilherme detalha que em contexto de aula foi desenvolvido “um algoritmo de aprendizagem profundo, utilizando Redes Neurais Convolucionais, para substituir e melhorar a identificação humana do produto”. O professor Joren explica que “estes desafios ajudam os alunos a compreender as complexidades destas práticas, tais como o processo de recolha de dados”.

Já os estudantes de MBA tiveram a oportunidade de assistir a uma palestra de Kimia Namadchi, CEO da CurveCatch, que permitiu aumentar a perceção para o desenvolvimento de métodos específicos para a criação de valor para as empresas. ”Estas discussões trazem valor para os estudantes porque diminuem a distância entre a teoria e a prática, uma vez que conseguimos mostrar diretamente onde e como aplicar os algoritmos”, conclui o professor Joren.

 

No futuro, o objetivo é colaborar ainda mais

No futuro, o objetivo é expandir a colaboração com a CurveCatch. Além de iniciar novos projetos de investigação, espera-se que “no próximo ano, cinco estudantes de mestrado trabalhem diretamente com a CurveCatch para a realização das suas teses de mestrado”, adianta o professor. “O nosso papel como docentes é também o de desenvolver as capacidades analíticas dos estudantes. Creio que é essencial deixar ocasionalmente os estudantes resolverem desafios do mundo real de modo a estarem preparados para se juntarem às empresas”, conclui.